O grupo é formado por entidades que lidam com direitos do consumidor, privacidade e, principalmente, proteção à criança, com destaque para a CCFC, organização que promove campanhas alertando sobre os malefícios da publicidade direcionada ao público infantil.

É uma situação complexa porque, na primeira olhada, o YouTube não está fazendo nada de errado. Para começar, a versão norte-americana do serviço informa em seus termos de uso que a plataforma não é direcionada a menores de 13 anos. Além disso, o Google oferece para esse público o YouTube Kids, plataforma que segue uma política de privacidade mais rigorosa. Mas, para o grupo, não é bem assim. Diretor da CCFC, Josh Golin argumenta que, apesar de o YouTube informar a restrição de idade nos seus termos de uso, “o Google lucra imensamente entregando anúncios para crianças”. Para ressaltar a gravidade da situação, o grupo também alega que 80% das crianças norte-americanas com idade entre seis e 12 anos acessam o YouTube. Não por acaso, canais infantis estão entre os mais populares. É o caso do ChuChuTV Nursery Rhymes & Kids Songs (16 milhões de inscritos) e do LittleBabyBum (quase 15 milhões). No entendimento do grupo, a maior parte desses acessos não é feita pelo YouTube Kids, mas pela versão convencional da plataforma, que pode coletar dados como geolocalização, número do celular e identificação do dispositivo. Aqui é que a situação fica complicada: teoricamente, com os termos de uso determinando a restrição de idade, cabe então aos pais ou responsáveis controlar o acesso da criança ao YouTube. No entanto, as associações alegam que o Google sabe que uma enormidade de menores de treze anos acessa o serviço irrestritamente e tira proveito disso com anúncios. Com 59 páginas, o documento entregue à FTC (PDF) cita declarações públicas de executivos do YouTube e materiais de divulgação entregues a provedores de conteúdo como evidências de que o Google conhece bem as faixas etárias que acessam a plataforma e deve, portanto, providenciar meios para deixar o serviço condizente com a lei Coppa, que estabelece normas rígidas para a privacidade das crianças. “Embora não tenhamos recebido a denúncia, proteger as crianças e famílias sempre foi uma das principais prioridades para nós. Leremos a reclamação cuidadosamente e avaliaremos se há algo que podemos fazer para melhorar”, disse o YouTube em comunicado. Com informações: The Guardian.

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