Aí entra a questão: quanto você acha que valem as suas informações? O Facebook pagou bem pouco por elas. E, por esse ponto de vista, a compra do WhatsApp foi uma pechincha, ainda mais em comparação com outras transações.
A equipe do Brightside, um site de gráficos, montou um que compara diversas aquisições de startups da tecnologia em seu custo por usuário. Os dados vieram de uma pesquisa feita por um jornalista da Wired, Andy Baio, em 2012, na época da compra do Instagram (também pelo Facebook). De acordo com a pesquisa e do ponto de vista do “preço” de cada usuário, a compra mais cara foi, na verdade, feita pelo Yahoo ao adquirir o Geocities em 1999: 830 dólares. Em segundo lugar fica o Aadvark, mecanismo de busca comprado pelo Google: 555 dólares por usuário. O mais baixos é do Gowalla, que era tipo um Foursquare, e recebeu também do Facebook o equivalente a 1,50 dólar por usuário. As outras compras do Facebook não têm números nada impressionantes: cada usuário do Instagram “saiu por” 28 dólares (apesar de ter custado bem menos: 1 bilhão de dólares) e do WhatsApp, 35 dólares. Parece bem pouco para utilizar suas informações para lhe vender anúncios personalizados, mas, observando a tabela completa, na verdade o preço está na média:
O WhatsApp tem muitos, mas muitos usuários, e isso acaba meio que diluindo o valor da compra: na segunda-feira, na MWC, o fundador do serviço afirmou que ele conta, atualmente, com 465 milhões de usuários ativos por mês e 330 milhões por dia. Com a atualização dos números – o cálculo foi feito com 450 milhões de usuários como base e desconsiderando os 3 bilhões de dólares em ações para serem distribuídas entre os funcionários- , o valor fica um pouco maior: 40,86 dólares. Com informações: INFO