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O estudo revela que pacientes com a forma grave da covid-19 apresentam maior quantidade de moléculas de ATP (trifosfato de adenosina), uma das principais fontes de energia para a realização dos processos celulares. Esse público também possui menor quantidade de adenosina, molécula gerada a partir da degradação de ATP. Conforme alertam os autores do estudo, o aumento de ATP não degradado gera um status pró-inflamatório que leva a uma inflamação sistêmica potencialmente fatal. Com isso, as consequências envolvem o desequilíbrio do sistema de sinalização e a disfunção na regulação desses componentes. Os responsáveis pelo estudo apontam que o ATP pode se tornar um sinal de perigo quando sai das células em grandes quantidades, por conta da ativação exacerbada da resposta inflamatória. O ATP então promove um processo inflamatório que sinaliza para as outras células, ativando-as. Para realizar o estudo, os pesquisadores analisaram a quantidade de moléculas de ATP e de adenosina em amostras de sangue de 88 pacientes diagnosticados com covid-19 grave, e investigaram possíveis alterações em células do sistema imune. Os autores observaram diminuição de células B (um tipo de linfócito que constitui o sistema imunológico), menor degradação do ATP e menor geração de adenosina (o componente anti-inflamatório que tentaria regular essa resposta). Depois de fornecer ATP tanto para as células de pacientes com covid-19 grave, quanto para a de controles saudáveis, os cientistas descobriram que as células B dos pacientes geram menos adenosina, quando comparadas às de controles saudáveis. Fonte: Frontiers in Immunology via Agência FAPESP