Twitter é mais um aplicativo com instabilidade nesta segunda (4)O dia em que o Facebook caiu (e todo o mundo foi afetado)
Desde setembro, ação do Facebook despencou 15%
Não bastasse a colapso de hoje no Facebook, Instagram e WhatsApp, a companhia sob comando de Mark Zuckerberg vem enfrentando um escândalo interno, o que refletiu nos papéis da companhia em setembro: eles registraram uma desvalorização de mais ou menos 15%. Mas a queda das ações da companhia nesta segunda-feira fez com que a fortuna de Zuckerberg caísse para US$ 120,9 bilhões. Em seu pior momento registrado hoje, os papéis do Facebook na bolsa americana Nasdaq caíram de US$ 339,80 para US$ 323,50, três horas depois do início do pregão. Ao final do dia com o encerramento das atividades, a ação do Facebook fechou em US$ 326,23. Isso provocou a queda do fundador da rede social no ranking de mais ricos do mundo. Ele chegou a ficar atrás de Bill Gates, fundador da Microsoft, que é o quinto colocado no ranking Índice de Bilionários da Bloomberg. Mas já recuperou a posição e agora está no quarto lugar. Desde o dia 13 de setembro, Zuckerberg perdeu US$ 19 bilhões. Foi nesse dia em que o Wall Street Journal publicou uma série de documentos internos revelando que o Facebook tem um programa de cross check, ou “XCheck”, que privilegia contas de personalidades e pessoas proeminentes, isentando-as de uma moderação mais dura. Além disso, o vazamento trouxe uma apresentação interna que revelava a comprovação de que o Instagram é tóxico e tem impacto negativo sobre garotas adolescentes. O Facebook sabia disso e não fez nada em resposta.
Delatora sobre Facebook: “lucro acima do bem-público”
A queda de Facebook, Instagram e WhatsApp acontece um dia antes da delatora do escândalo, Frances Haugen, depor ao Senado americano sobre suas descobertas. Recentemente, Haugen falou ao programa 60 Minutes, da emissora americana CBS News, que o Facebook resolveu “priorizar o lucro acima do bem público”. Em resposta ao escândalo, o Facebook afirma que questões complexas da sociedade, como a polarização e a divisão política, não são causadas apenas pela tecnologia. “Acho que as pessoas ficam confortáveis em assumir que deve haver uma explicação tecnológica ou técnica que para a polarização política nos Estados Unidos”, disse Nick Clegg, vice-presidente de Assuntos Globais do Facebook, à CNN