Ex-funcionários do Twitter alegam que demissões em massa atingiram mais mulheresTwitter: Nova leva de demissões pode trazer problemas com órgãos reguladores

Uma reportagem do The Washington Post revelou que o novo CEO do Twitter faz os visitantes da sede de São Francisco esperarem mais de uma hora para serem atendidos. Eles são encaminhados para o 10º andar e instruídos a não falarem antes de Musk — que às vezes assiste a vídeos do YouTube durante as reuniões. Desde que assumiu a direção do Twitter, há quase dois meses, Musk tem sido alvo de críticas devido ao seu estilo de liderança. Uma das suas primeiras ações como presidente da empresa foi iniciar um processo de demissões em massa, extinguindo o conselho administrativo e reduzindo a força de trabalho de 7 mil para 2 mil funcionários. O empresário sul-africano também é conhecido por seu método “hardcore”, tendo dormido nas fábricas da Tesla durante uma produção. No Twitter não é diferente, visto que Elon cobrou dos funcionários que se comprometessem com sua “versão 2.0” da rede social ou seriam dispensados, em um tipo de ultimato. Além disso, o CEO converteu diversas salas da sede da empresa em quartos para os funcionários que quisessem dormir na empresa.

Ordem de voltar ao escritório quebrou promessas feitas aos funcionários do Twitter

Segundo um advogado que representa ex-trabalhadores do Twitter, a ordem de retorno aos escritórios quebrou promessas feitas por executivos e gerentes da rede social, visto que eles haviam sido informados de que “poderiam continuar trabalhando remotamente, por pelo menos um ano após a aquisição da empresa por Musk”. Um ex-funcionário entrou com uma ação que argumenta que a nova postura sobre o trabalho remoto é discriminatória, visto que o funcionário é uma pessoa com deficiência e não foi informado sobre como solicitar a isenção. Ele enviou uma mensagem ao gerente dizendo que não voltaria ao escritório ainda devido ao “risco extra” de contrair o vírus da covid-19. Conforme revela o processo, após alguns dias ele foi informado via e-mail de que havia sido demitido por comportamento que “violava a política da empresa”.