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A pesquisa que envolve a edição genética de galinhas é liderada por cientistas da empresa Huminn Poultry e do Instituto Volcani, ambos em Israel. Até o momento, o estudo não foi publicado em uma revista científica e nem passou por revisão de outros pesquisadores independentes. Segundo os responsáveis pela criação da galinha Golda — nome comercial da inovação —, não é possível encontrar vestígios de alterações genéticas nos ovos e nem nas fêmeas geradas. Além disso, a modificação do DNA não causa nenhum tipo de risco aos humanos.

Como as galinhas foram editadas geneticamente?

No projeto, os cientistas israelenses editaram o DNA das galinhas de modo que fosse possível interromper o desenvolvimento de qualquer embrião macho nos ovos, através da inclusão de um novo gene no código genético. Este é ativado apenas quando exposto à luz azul. Em embriões fêmeas, a luz azul não gera nenhum efeito e, dessa forma, o desenvolvimento continua de forma natural. “A única pequena diferença no processo de produção é que os ovos serão expostos à luz azul”, explica Yuval Cinnamon, do Instituto Volcani, para a BBC. Fora esta alteração, a ideia é que nenhum outro tipo de modificação, especialmente as do DNA, ocorra. ‘‘O próximo passo importante é ver se a galinha e as fêmeas que ela produz, que vão colocar ovos para consumo humano, podem ter uma vida útil comercial, sem que surjam quaisquer problemas inesperados de bem-estar", pontua Peter Stephenson, da Compassion in World Farming (Ciwf), sobre o futuro da pesquisa. Fonte: BBC