IA no Brasil | Estudo do Google destaca oportunidades de startups do setorGoogle revela duas IAs que “imitam” DALL-E, só que com vídeos

O sistema fornece informações na Busca do Google e no Google Maps, além de enviar avisos sobre possíveis inundações para usuários que estejam na região. Para isso, faz a combinação de dados como o nível da água dos rios, indicadores meteorológicos (como a quantidade de chuva prevista na área) e imagens de satélites. Todas as informações são cruzadas graças a um poderoso algoritmo computacional que utiliza aprendizado de máquina para fazer a previsão. Como o sistema já foi implementado em outras regiões antes, chegará ao país com muito mais poder precisão, com mais de 90% de acerto nos pontos de alagamento. As previsões e alertas serão fornecidas para indivíduos nas áreas de risco, órgãos de governos parceiros e organizações sem fins lucrativos. Para conhecer o sistema, é só acessar a plataforma FloodHub e navegar pelo mapa-múndi.

Sistema de alerta de enchentes do Google

A cobertura atual do sistema abrange boa parte dos estados brasileiros, focando em áreas consideradas mais críticas. Minas Gerais, partes da Região Sul e Norte, além de alguns estados do Nordeste são atendidos no momento. O Google planeja expandir a cobertura dos alertas e previsões para mais regiões nos próximos meses. O lançamento ocorreu neta terça-feira (29) durante o Fórum Understanding Risk, organizado pelo Banco Mundial, em Florianópolis (SC). A implementação gradual ocorrerá em duas etapas:

Emissão de alertas de inundações ribeirinhas em tempo real para mais de 60 localidades, mostrando onde as inundações estão ocorrendo em tempo real; Emissão de alertas com previsões de inundações geradas pelos especialistas em hidrologia do SGB e pelos sistemas do Google em áreas selecionadas do Brasil.

A tecnologia já era usada em outros países como Índia e Bangladesh com sucesso. Conforme dados do Google, foram enviados mais de 115 milhões de notificações e alertas de inundações para 23 milhões de pessoas de ambos os países desde a implementação. Agora, chega também ao Brasil, Colômbia, Sri Lanka e outros 15 países da África. Por aqui, o serviço se junta a outras ferramentas de prevenção a desastres ambientais do Google, como Alertas SOS e os Avisos Públicos. O SGB opera atualmente 17 bacias hidrográficas ao longo do território brasileiro, fazendo o monitoramento de chuvas e níveis dos rios. O órgão, vinculado ao Ministério de Minas e Energia, realiza mapeamento de riscos hidrológicos e envio de boletins para autoridades governamentais, como as defesas civis estaduais.

Momento de chuvas

A tecnologia do Google chega em um momento crítico do país: um pouco antes do início efetivo do período chuvoso. Tradicionalmente, os meses de dezembro, janeiro e fevereiro costumam registrar alto índice pluviométrico em várias regiões, provocando enchentes, alagamentos e deslizamentos de encostas. Com esse novo sistema, as autoridades esperam oferecer uma metodologia aprimorada de prevenção contra desastres naturais. O objetivo maior é evitar a perda de vidas, mas também tentar minimizar os danos econômicos ao permitir que as pessoas possam retirar pertences com tempo hábil de casa. Segundo relatório das Nações Unidas, o Brasil é um dos países com população mais exposta a riscos de inundações ribeirinhas no mundo. Entre 2000 e 2019, mais de 70 milhões de pessoas foram afetadas por enchentes no país, sendo a maioria de baixa renda.