Antenas da internet Starlink não aguentam calor do verão nos EUASpaceX negocia com empresas aéreas para internet Starlink em voos
A executiva explica que a rede Starlink já conta com cerca de 1.800 satélites lançados e, quando todos estiverem em operação — o que deve acontecer até setembro —, a cobertura global será possível, ainda que esse número esteja muito abaixo das 12.000 unidades que a companhia planeja colocar em órbita no decorrer dos próximos anos. Mas estamos falando de uma previsão técnica. Na prática, a oferta global do serviço precisará de um prazo muito maior para virar realidade, por uma única razão: questões regulatórias. A SpaceX precisa obter aprovação de órgãos reguladores de telecomunicações em cada país em que pretende oferecer o serviço de acesso à internet por satélite.
Starlink já funciona em fase beta
Obter autorização regulatória requer tempo e, presumivelmente, boa capacidade de negociação, afinal, o acesso à internet por meio de uma rede com milhares de satélites é um modelo de negócio recente e, portanto, sem base técnica estabelecida. A boa notícia é que, de certa forma, esse trabalho já começou. A SpaceX obteve autorização para oferecer o serviço beta da rede Starlink em países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, por exemplo. O número atual de clientes beta não é conhecido, mas sabe-se que, até maio, a companhia havia recebido mais de 500 mil pedidos de participação no serviço. Além disso, a companhia registrou subsidiárias em países de todos os continentes, como África do Sul, Alemanha, Austrália, Espanha, França, Grécia, Itália, México e Nova Zelândia. Sim, o Brasil também está no radar da SpaceX. Em maio, a Anatel homologou duas antenas de satélites Starlink. Outras autorizações ainda precisam ser dadas, mas a companhia espera iniciar as suas operações em território brasileiro até o final de 2021. A fase beta teve início em outubro de 2020 e, atualmente, oferece taxas que chegam a 150 Mb/s (megabits por segundo) e latência entre 20 ms e 40 ms. Mas, em uma fase posterior, quando o número de satélites em operação for muito maior, o plano é oferecer velocidades que alcançam 1 Gb/s (gigabit por segundo). Com informações: Reuters.