O Ubuntu Linux é tão popular que tem vários “sabores”; veja quais sãoO que é Linux? [guia para iniciantes]
Nem tudo é exatamente novo. O Linux Mint 21 é baseado no kernel Linux 5.15, por exemplo, apesar de o Linux 5.19 ter sido lançado há poucos dias. Mas isso não chega a ser um problema (pelo menos não um problema grave), afinal, leva tempo para novas versões do kernel chegarem às distribuições. Levemos em consideração também que o Linux Mint 21 tem como base o Ubuntu 22.04, cuja versão do kernel é justamente a 5.15.
Cinnamon 5.4 e outros avanços
É inegável que o ambiente de desktop padrão do Linux Mint é um dos pontos fortes da distribuição. Nesse sentido, o Cinnamon 5.4, a versão mais recente do ambiente, traz algumas novidades interessantes. Para começar, o gerenciador de janelas Muffin agora é baseado em outra ferramenta do tipo, o Mutter 3.36. Entre os efeitos esperados dessa mudança estão mais desempenho e estabilidade. Além disso, o Cinnamon 5.4 passa a renderizar todas as janelas usando o GTK (kit de desenvolvimento para interfaces gráficas). Esse também é um detalhe que deve contribuir para o desempenho do sistema. Há poucas mudanças visuais, porém. Nesse quesito, o destaque fica para o novo pacote de papéis de parede. Sobre dispositivos Bluetooth, o Linux Mint 21 passa a usar a ferramenta Blueman para se conectar a eles. Até então, a distribuição usava o Blueberry, recurso que depende da biblioteca gnome-bluetooth para funcionar. O Blueman não tem essa dependência e, como se não bastasse, promete melhorar a conectividade, principalmente com fones de ouvido. Vale destacar ainda que o Sticky Notes, aplicativo de “post-it virtual”, também foi atualizado. Agora, a ferramenta pode duplicar notas facilmente. Além disso, quando notas com cores diferentes precisam ser criadas, o app faz esse trabalho de modo a evitar repetição de cores, tanto quanto possível. Entre as demais novidades estão um monitor de processos que mostra quando tarefas automatizadas estão em execução, tempo limite de desligamento reduzido para dez segundos e implementação do protocolo IPP, que permite ao sistema operacional se comunicar com impressoras e scanners sem usar drivers.
Linux Mint 21 “Vanessa”: baixe já!
O Linux Mint 21 “Vanessa” já pode ser baixado. No link, também é possível encontrar versões da distribuição baseadas nos ambientes de desktop Xfce e Mate. Por ser relativamente leve, o Linux Mint costuma rodar bem em máquinas antigas. Apesar disso, há requisitos mínimos. Eles incluem 2 GB de RAM (recomenda-se pelo menos 4 GB), 20 GB de espaço para armazenamento (recomenda-se 100 GB) e tela com resolução de 1024×768 pixels. Um último detalhe: o Linux Mint 21 é uma versão LTS (Long Term Support), ou seja, tem suporte estendido (até porque o Ubuntu 22.04 também é LTS). Atualizações de segurança para a distribuição serão liberadas até 2027.