Segundo dados da empresa de pesquisas NPD Group obtidos pela CNBC, as vendas nos EUA tiveram uma queda de 2% em relação ao ano anterior, ficando em US$ 1,1 bilhão. Para efeito de comparação, o Facebook ganha isso com propaganda em três dias. Ou seja, é um dinheiro bem pequeno mesmo. Outra companhia de análise de mercado mostra dados semelhantes. Segundo a CCS Insight, o número de aparelhos de realidade virtual e realidade aumentada teve uma queda de 12% em relação ao ano anterior, ficando em 9,6 milhões em 2022.

Metaverso não é consenso

A aposta no metaverso vem principalmente da Meta — que deixou de se chamar Facebook em 2021 justamente para refletir esta nova prioridade. A construção deste ambiente virtual já consumiu alguns bilhões da empresa. Nem todo mundo está feliz com isso, porém. Brad Gerstner, por exemplo, quer que a empresa corte investimentos no metaverso e passe a se concentrar em inteligência artificial. Gerstner é CEO da Altimeter Capital, fundo de investimento que tem centenas de milhões de ações da Meta. Os resultados financeiros da Meta também vêm desapontando, com quedas nas receitas e lucros abaixo do esperado. Enquanto isso, outras gigantes da tecnologia não mostram a mesma empolgação com o metaverso. Phil Spencer, chefe de Xbox na Microsoft, chamou o ambiente virtual de “jogo de videogame mal feito” e disse que “criar um metaverso que parece uma sala de reuniões acaba sendo um local em que eu não gostaria de passar o meu tempo”. Já Tim Cook, CEO da Apple, está receoso. Ele não tem certeza se as pessoas comuns sabem dizer o que é, afinal, o metaverso. “Eu sempre penso que é importante que as pessoas entendam o que uma coisa é.” Sem entender, fica difícil dar certo.

Concorrentes podem ajudar metaverso (e a Meta)

Atualmente, a Meta é a líder em realidade virtual, com sua marca Oculus e produtos como o Quest 2, lançado em 2020, aparelho mais vendido do mercado. Outras empresas, como Valve, HP e Sony, representam uma pequena fração do mercado. Curiosamente, um empurrãozinho para o setor pode vir da própria Apple. Há anos, especula-se que a empresa prepara um headset de realidade virtual. Além de informações de bastidores, várias marcas já foram registradas por escritórios ligados à Maçã envolvendo um produto desse tipo. Cook, aliás, tem uma opinião mais positiva sobre a realidade virtual: “É algo em que você pode mergulhar, e isso pode ser usado de um jeito positivo”. Mesmo assim, ele não parece empolgado com um metaverso: “Não acho que você vai querer viver a vida desse modo. A realidade virtual é para um tempo determinado, mas não é uma maneira de se comunicar bem”. Com informações: CNBC.

M s not cias para o metaverso  vendas de headsets VR ca ram em 2022   Tecnoblog - 61