MediaTek Kompanio 520 e 528 prometem turbinar Chromebooks de entradaComo abrir jogos do Android no PC | Google Play Games
Um dos principais destaques do Dimensity 9200 é a GPU Immortalis G715 MC11, de 11 núcleos, desenvolvida pela ARM. Prometendo desempenho até 32% superior em comparação à Mali-G710 utilizada no Dimensity 9000, o chip gráfico é o primeiro utilizado pela MediaTek a contar com hardware dedicado para uso de Ray Tracing, a técnica implementada em games e aplicativos que reproduz o comportamento da luz com realismo. Para demonstrar as capacidades do novo componente, a gigante fechou uma parceria com o estúdio Morefun (pertencente ao enorme conglomerado da Tencent), que está desenvolvendo Arena Breakout, um dos primeiros jogos a trazer suporte a Ray Tracing aos celulares. Na breve demonstração apresentada no evento, foram confirmados efeitos como reflexos, sombras suaves e oclusão de ambiente (ambient occlusion, as sombras de contato entre objetos), todos com “grande realismo”. Como é possível observar no uso da técnica no PC, o desempenho deve ser bastante afetado com o recurso ativado, situação que deve se agravar nos celulares, bastante limitados por espaço e refrigeração. Questionado sobre que tipo de impactos podemos esperar no Dimensity 9200, e se havia solução similar ao FSR da AMD e DLSS da Nvidia, que reduzem o impacto do Ray Tracing ao aplicar upscaling inteligente, o gerente-geral da divisão de chipsets mobile, Yenchi Lee, não trouxe uma resposta muito animadora. O executivo confirmou que não haverá tecnologia nativa de upscaling, ainda que os desenvolvedores tenham a liberdade de implementar algo similar por conta própria, e reforçou que a performance será garantida pelo trabalho de otimização entre a MediaTek e os estúdios de games. É cedo para saber se a estratégia será suficiente, mas ao mesmo tempo, o esforço coletivo da indústria de semicondutores pode ser um sinal de que o início da adoção de RT no mundo mobile pode ser menos complicado do que o esperado.
MediaTek busca otimizar games na linha Dimensity
Ainda no evento, Yenchi Lee foi perguntado sobre os desafios que a MediaTek enfrenta para otimizar games para as plataformas mobile que desenvolve. Sabe-se que a maioria esmagadora dos desenvolvedores de games costumam optar por investir tempo na otimização dos títulos para chipsets Snapdragon, situação bastante clara quando observamos o desempenho que alguns títulos oferecem em outras soluções, como os Exynos da Samsung. O gerente-geral foi direto ao dizer que realmente há bastante trabalho a ser feito, mas fez questão de destacar que a MediaTek está trabalhando para ampliar os esforços de otimização nos chips Dimensity, ainda que a maior afinidade da gigante seja com estúdios chineses. A empresa revelou ainda que está confiante no fortalecimento da marca MediaTek, e diz que investirá cada vez mais para melhorar sua imagem e consequentemente aumentar o número de celulares premium equipados com seus componentes — outro ponto bastante questionado durante a sessão de perguntas e respostas —, mudança que deve refletir positivamente na otimização dos games.