Agora é possível fazer Pix com o saldo de bancos diferentes; veja quaisPIX: Banco Central vai mudar regras para reduzir fraudes e vazamentos

Para o presidente da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) Isaac Sidney, os dados revelam a grande aceitação popular do PIX, “que trouxe conveniência e facilidades para os clientes em suas transações financeiras do cotidiano”. Segundo ele, somente nos últimos 12 meses, foi registrado um aumento de 94% no uso da ferramenta. Um levantamento realizado pela Febraban, com base nos números do Banco Central (BC), apontou a jornada de sucesso do PIX até aqui. Confira:

Novembro de 2020: ultrapassou as transações feitas em DOC; Janeiro de 2021: superou os pagamentos em TED; Março de 2021: passou os pagamentos feitos com boletos; Maio de 2021: ultrapassou a soma de todos eles; Janeiro de 2022: superou as operações em cartões de débito; Fevereiro de 2022: excedeu os pagamentos em cartão de crédito — tornando-se o meio de pagamento mais utilizado do Brasil.

Sidney ainda ressalta que o Pix foi e continua sendo uma ferramenta fundamental para impulsionar a bancarização e a inclusão financeira no país. “Desde o seu lançamento, [o PIX] tem se mostrado uma importante oportunidade para o Brasil reduzir a necessidade do uso de dinheiro em espécie em transações comerciais e os altos custos de transporte e logística de cédulas, que totalizam cerca de R$ 10 bilhões ao ano”, comenta o presidente da Febraban.

O PIX é mais usado para transações de menor valor

De acordo com os dados do último mês de setembro, o PIX atingiu o valor total de R$ 1,02 trilhão em transações, com tíquete médio de R$ 444, enquanto a modalidade TED somou R$ 3,4 trilhões — tíquete médio de R$ 40,6 mil. Para o diretor executivo de Inovação, Produtos e Serviços Bancários da Febraban Leandro Vilain, os números revelam que a população usa o PIX para pagamentos de menor valor, por exemplo, em transações para profissionais autônomos e compras do dia a dia — situações em que a ferramenta substitui o uso de dinheiro em espécie. “Isso faz com que o número de transações aumente em um ritmo acelerado, trazendo maior conveniência para os clientes, que não precisam mais transportar cédulas para pequenas transações”, diz Vilain. Ainda sobre o levantamento, confira mais informações sobre o PIX:

Usuários por região do Brasil

A região Sudeste é a que possui maior porcentagem de aderência ao PIX, confira os dados das demais regiões do país:

Sudeste: 43%;Nordeste: 26%;Sul: 12%;Norte: 10%Centro-Oeste: 9,5%.

Chaves PIX

O PIX conta com 523,2 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais do Banco Central. Confira como fica a divisão por tipo de chave, a seguir:

Chaves aleatórias: 213,9 milhões;CPF: 114,2 milhões;Celular: 108,3 milhões;e-mail: 77,5 milhões.

Bancos investem R$ 3 bilhões em cibersegurança para o PIX

Segundo a Febraban, a entidade e seus bancos associados investem cerca de R$ 3 bilhões anualmente em cibersegurança para aprimorar as transações financeiras dos usuários, tornando-as mais seguras. Todas as transações do PIX ocorrem através de mensagens assinadas digitalmente e que trafegam de forma criptografada, em uma rede protegida.