BYD Yuan Plus | SUV compacto 100% elétrico chega ao Brasil em 2022Exclusivo: Meta da BYD é produzir carros no Brasil, diz diretor
O Canaltech foi conferir de perto as qualidades do Song Plus DM-i, SUV híbrido que chega ao Brasil para brigar com o Jeep Compass 4xe e com o Toyota RAV4. E a primeira impressão foi a melhor possível. Em termos de design, o primeiro modelo híbrido da montadora a ser comercializado no Brasil merece nota máxima. O conjunto óptico formado por faróis full-LED com projetores é belo e eficiente e certamente diferencia o modelo da BYD dos principais concorrentes do segmento. Na parte traseira, a frase Build Your Dreams (Construa seus Sonhos, na tradução), que abreviada se torna BYD, é grafada por extenso na tampa do porta-malas e parece passar uma frase subliminar de que realmente é possível para a montadora chinesa construir o sonho de se fortalecer como uma das principais marcas de carros no Brasil. O design também salta aos olhos no interior do BYD Song Plus DM-i. Assim como no sedan Han e no SUV premium Tan, ambos já testados pelo Canaltech, o que não falta na cabine do primeiro híbrido da marca no Brasil é capricho e sofisticação. Bancos em couro preto e branco com costura laranja, bom espaço para os ocupantes do banco traseiro e um teto solar capaz de iluminar bem todo o interior dão harmonia e leveza ao carro. Em termos de tecnologia, não esperávamos nada diferente. O Song Plus DM-i tem uma boa central multimídia com tela de 12,8 polegadas (giratória ao toque de um botão, como a encontrada nos elétricos premium), cluster digital, câmera 360º, partida sem chave, abertura elétrica do porta-malas e volante multifuncional. O sistema conta ainda com atualização OTA (over-the-air) de série.
Autonomia absurda é destaque
A bateria do BYD híbrido plug-in não é grande e seus 8,3 kW dão ao Song Plus DM-i a capacidade de rodar apenas 51 quilômetros no modo 100% elétrico, de acordo com os padrões do ciclo NEDC. A autonomia combinada, no entanto, é absurda e assustadora. Segundo a montadora chinesa, o SUV estreante no mercado brasileiro pode ultrapassar os 1.000 quilômetros e alcançar uma média de 26 km/l com o uso correto da combinação motor elétrico + propulsor a combustão. O tempo de carga total em um carregador AC de 3,3 kW também é rápido: cerca de 2h30.
BYD Song Plus DM-i: primeiras impressões
O BYD Song Plus DM-i é muito agradável de dirigir. O SUV híbrido plug-in da montadora chinesa é ágil, rápido e extremamente seguro e insinuante. Com essa receita, acabou transformando o test-drive de aproximadamente 100 quilômetros entre São Paulo e Araçariguama em uma divertida aventura. O modelo chinês oferece ao condutor 235 cavalos de potência combinada e 32,2 kgfm de torque. Esses números são possíveis graças à combinação do motor 1.5 aspirado, de 110 cavalos, com o propulsor elétrico de 179 cavalos que o acompanha e funciona como um gerador para a bateria de 8,3 kW. A transmissão é de dupla embreagem e sete velocidades, com três modos de condução: ECO, Normal e Sport. Em sua configuração mais “nervosa”, o BYD Song Plus DM-i consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos, de acordo com os dados oficiais. No teste com a reportagem do Canaltech, a cronometragem não foi perfeita, mas o desempenho do carro se mostrou tão esportivo quanto prometeu. Pelo que foi possível perceber no primeiro contato com SUV híbrido plug-in da montadora chinesa, o BYD Song Plus DM-i chegará ao mercado brasileiro para fazer frente aos rivais diretos e, com certeza, incomodar o reinado de um dos principais carros do segmento, o Jeep Compass 4xe. A pré-venda do Song Plus DM-i, composta por 200 unidades, foi um sucesso absoluto e esgotou o estoque em apenas 7 dias. O segundo lote também já não está mais disponível e, segundo a BYD, o consumidor que quiser levar o SUV hibrido para casa agora precisa procurar uma concessionária para saber como estão as encomendas em sua região. A montadora chinesa espera começar as entregas do carro já em janeiro de 2023, época na qual o Canaltech também ficará à espera de uma unidade para uma nova e mais completa avaliação. Paulo Amaral/Canaltech