Elon Musk teria cogitado tornar todo o Twitter um serviço pagoMastodon supera 1 milhão de usuários em meio a caos do Twitter

“Nem todas as contas verificadas anteriormente receberão o rótulo ‘Oficial’ e a etiqueta não estará disponível para compra”, explicou Crawford. “As contas que receberão a tag incluem perfis de governos, empresas, parceiros, grandes meios de comunicação, veículos de notícias e figuras públicas”, disse em um tuíte.

O novo selo, conforme mostrou Crawford, é mais discreto que a verificação tradicional. Ele aparecerá embaixo do nome de usuário na página de perfil. A solução servirá para assegurar a autenticidade de contas oficiais frente à “democratização” do selo de verificado. Na prática, a adição funcionará quase da mesma forma que o selo de verificação anterior, servindo quase como uma “solução” para um problema que antes não existia.

Selo de verificação para todos

Uma das primeiras mudanças anunciadas por Elon Musk para o Twitter foi a ampliação do selo de verificado. Agora, a etiqueta será liberada para todos os usuários que assinarem o Twitter Blue, serviço da plataforma que custa US$ 8 (R$ 40, em conversão direta) por mês. Contudo, visto que qualquer pessoa poderá ter o identificador atrelado ao perfil, a verificação perde seu propósito original: diferenciar perfis relevantes de contas comuns. Antes, a etiqueta ajudava a comunidade a identificar jornalistas, criadores de conteúdo, artistas, companhias, governos e órgãos governamentais na rede social.

Crie um problema, venda a solução

Uma vez que o selo de verificado não mais garantirá a autenticidade da conta, ele não terá o mesmo valor para a rede social. O problema disso, no primeiro momento, é a possibilidade de usuários mal-intencionados usarem o selo para se passarem por governos, empresas e figuras públicas — preocupação esta que fez a plataforma adiar o lançamento do novo Twitter Blue para após as eleições de meio mandato dos Estados Unidos. A transformação do selo de verificado também abriu brechas para golpes de phishing. Criminosos usaram a disseminação da notícia para se passar pelo Twitter e informar aos usuários autenticados que deveriam pagar não só para manter o selo, mas para preservar suas contas. A ameaça, logicamente, é falsa.