Mais do que uma das maiores fabricantes de smartphone do mundo, a Xiaomi é uma gigante de tecnologia. Na sua terra natal, a marca vende praticamente de tudo: de panela de arroz até aspiradores-robôs. Nos últimos anos, a Xiaomi anunciou investimentos em robótica e carros elétricos — cujo desenvolvimento pode ser atrasado com esse revés.
Motivos envolvem cenário global e problemas domésticos
Por mais que as medidas restritivas tenham se mostrado eficazes contra a Covid, ela precisa ser combinada com uma forte campanha de vacinação — foi a estratégia adotada pela enorme parte dos países e o que ajudou a lotar os estádios da Copa do Mundo de 2022. Juntando as duas táticas, países conseguiram retomar o crescimento das suas economias. Entretanto, a China falhou nesta segunda etapa. Com aproximadamente 50% da população vacinada, a China continuou utilizando a tática de Covid Zero (estratégia que está abandonando), onde um único caso da doença pode fechar uma cidade inteira, incluindo aquelas que contam com grandes fábricas de eletrônicos. Neste ponto a Xiaomi sofre como as big techs americanas.
Sem clientes e sem produção após alto crescimento
A queda de smartphones na China caiu 11% no último trimestre. Para complicar, as vendas podem ser atrasadas por causa dos fechamentos recorrentes nas fábricas, causando o mesmo problema pelo qual a Apple deve passar. Para azar das empresas, uma hora esse crescimento parou: ninguém vai trocar de smartphone ou notebook com a economia em recuperação, empresas retomam o trabalho presencial e fornecem o equipamento e as lojas físicas estão recebendo os clientes novamente. No caso da Meta, a Apple alterou as políticas de privacidade que impactam nos anúncios das redes sociais. A Xiaomi aumentou as contratações em dezembro de 2021. Um ano depois, esses novos funcionários são demitidos. A maior parte dos cortes está nos setores de smartphones e serviços de internet. Com informações: South China Morning Post, Cnet e The Guardian