Os resultados dão um status do período de três meses finalizado em 30 de setembro.  Segundo a companhia, a receita para exercício foi de 70,5 milhões de iuanes (cerca de R$ 52,5 milhões em conversão direta). O registro representa uma queda de 10% em relação ao período homólogo. O lucro líquido seguiu a mesma direção. Com queda de 59% na comparação anual, a fabricante registrou um resultado de 2,1 bilhões de iuanes (R$ 1,5 bilhão).  Todavia, conforme observado pelo GSMArena, isto não é necessariamente uma má notícia: pelo contrário, a Xiaomi teve a redução justamente por investir mais em algumas áreas da empresa. É o caso do projeto de carros elétricos. Em seu balanço, a marca chinesa informou que destinou 829 milhões de iuanes (R$ 619,2 milhões) ao negócio, que ficou de receber US$ 10 bilhões de investimento ao longo de dez anos.  Espera-se que o primeiro automóvel da companhia comece a ser produzido em 2024. Parte das verbas foram destinadas aos setores de pesquisa e desenvolvimento. Nesta seara, a fabricante gastou 4,1 bilhões de iuanes (R$ 3 bilhões), um aumento de 25,7% ano a ano.  Não à toa, em setembro de 2022, a turma representou cerca de 48% do total de funcionários.

Com cenário pessimista, setor de celular encara queda

A divisão de celulares é uma das mais rentáveis da Xiaomi. E não é por menos: trata-se de um mercado lucrativo, que representou a venda de 301 milhões de telefones móveis globalmente no terceiro trimestre de 2022. É o que mostra um levantamento da Counterpoint Research.  A marca chinesa não fez feio. No período, a companhia vendeu 40,5 milhões de unidades e ficou em terceiro lugar, atrás apenas da Apple e da Samsung. Mesmo assim, este não foi o melhor momento do setor. A consultoria ressaltou, em outubro, que o 3º trimestre teve a pior queda desde 2014. Na época, o analista Harmeet Singh Walia explicou que, entre outros motivos, o declínio foi causado pelas tensões entre a China e Estados Unidos e o enfraquecimento das moedas nacionais. Todo esse cenário pessimista acabou impactando a fabricante. Segundo o balanço da Xiaomi, houve uma queda de 7,8% na comparação anual, ainda que a empresa tenha crescido 2,8% em relação ao trimestre anterior.  O contratempo, no entanto, reduziu a receita em 11,1% ao levar o terceiro trimestre de 2021 em consideração.

Xiaomi é a terceira maior da América Latina

A empresa, por outro lado, manteve a sua posição consolidada. Para se ter ideia, a Xiaomi é a segunda fabricante de celulares mais importante da Europa e a terceira maior da América Latina. A marca também possui relevância no mercado brasileiro, especialmente depois que a LG parou de vender smartphones. Vale lembrar que, em 2020, a companhia informou que estava no top 5 brasileiro. O balanço também deu detalhes sobre a MIUI. A interface, no terceiro trimestre, contou com aproximadamente 564 milhões de usuários, um aumento de 16% no comparativo anual.  Curiosamente, a China não é o maior mercado do software. A Xiaomi informou que os chineses representam um cada quatro usuários da interface: 141 milhões. Com informações: GSMArena e Xiaomi

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